Todos dias nós podemos viver mais apesar das lutas e dos desafios, o brilho da vida e a sabedoria devem nos conduzir ao sucesso com pequenas victorias diarias…
By Eden Antonio
A vida está dura. Preciso garantir o meu pão…
Nossa verdade é como um pneu novo que fura. Por conveniência, com a boca dizemos “Sim!”, mas com o coração, gritamos “Não!” E é nessa hora que o diabo escondido no peito abre os olhos, sorri e começa a farra.
Uma farra grande.

Na festa dos sorrisos falsos, o elogio chega bonito, bem cheiroso, com cara de santo. Educado. Respeitoso. Espera. Observa. Escolhe a hora certa, as palavras certas, o momento em que a mulher está mais frágil quando ela precisa do emprego, da indicação, da aprovação.
E então… ataca como um leão.

Ai da Mulher Que Cai Na Armadilha
O homem mau não chega com garras à mostra. Ele vem com presentes, com promessas, com “eu te ajudo”. Mas nos bastidores, é chantagem. É ameaça disfarçada de brincadeira. É a mão que “sem querer” escorrega, o olhar que devora, o assédio que sufoca.
E quando ela reage?
- “Você está exagerando.”
- “Ele só estava sendo gentil.”
- “Mas olha como você estava vestida…”
O diabo ri. Porque ele sabe que, muitas vezes, a mulher vai engolir o choro, apertar os dentes e continuar calada por medo de perder o emprego, de ser humilhada, de ninguém acreditar nela.
O Preço do Silêncio
Quantas de nós já morderam a língua até sangrar só para não “criar problema”? Quantas sorriram para o chefe, para o colega, para o político, para o policial, sabendo que, por trás daquele sorriso, havia um monstro à espera?
O assédio sexual não é um “erro”, um “deslize”. É violência calculada. É o predador cheirando o medo. É o diabo fazendo a festa no nosso peito, porque ele sabe que, em um mundo onde o pão não está garantido, muitas mulheres não têm escolha.
Mas Até Quando?
Até quando vamos fingir que não vemos? Até quando vamos normalizar o “é assim mesmo”? Até quando o medo vai ser mais forte do que a nossa voz?
O diabo adora o silêncio. Mas ele treme quando a mulher decide gritar.
E você? Vai deixar ele fazer a festa sozinho?
Quebre o silêncio. Denuncie. Apoie outras mulheres. O assédio só ganha quando a gente se cala.